Governo e oposição síria <br> podem reunir em Moscovo

O executivo liderado por Bachar al-Assad reiterou a sua disponibilidade para um «encontro preliminar e consultivo» com as várias facções da chamada oposição síria, tendo como objectivos «alcançar um acordo sobre a realização de uma conferência nacional, sem ingerência estrangeira», e a manutenção da «unidade, soberania e livre decisão» do povo sírio.

A garantia foi dada, dia 27, pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros de Damasco a propósito do agendamento, para o próximo dia 20 de Janeiro, em Moscovo, de uma reunião da oposição interna e externa do país, sob a égide da diplomacia russa.

Em quase quatro anos, a guerra patrocinada pelas potências imperialistas contra a Síria terá provocado pelo menos 200 mil mortos, entre os quais 63 mil civis, segundo cálculos do Observatório Sírio dos Direitos Humanos, com sede em Londres. O rol de atrocidades cometidas, sobretudo pelos mercenários, só conhece paralelo contemporâneo ao sucedido no Iraque e Afeganistão.

A semelhança com aqueles dois países estende-se ao colapso da economia, das infra-estruturas e serviços públicos sírios, e ao êxodo massivo de cerca de metade da população das respectivas casas. Os mais de três milhões obrigados a fugir para a Turquia (mais de dois milhões), Jordânia, Iraque e Líbano são, para o Alto Comissário das Nações Unidas para Refugiados, a maior emergência humanitária do século XXI.



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